As vezes eu fico a me perguntar… O
que nos prende a alguém que não nos faz mais bem?
Mas há um porém,
muitas vezes a gente não quer enxergar o que está a um palmo do
nosso nariz, e prefere se apegar ao que já foi bom, tão somente
para não encarar a realidade que nos faz sofrer.
Então, me pergunto… O porque de não
se libertar?
Medo? Talvez! Mas
acredito que a resposta certa para se chama: Falta de Amor próprio!
Pois a gente se apega
tanto a alguém, que criamos nosso “mundinho” em torno dessa
pessoa, e tudo o que planejamos, pensamos, almejamos, envolvemos este
alguém, chegamos a ser dependentes desse alguém e isso cria um
apego, eu diria que, como um cordão umbilical, a diferença é que,
o cordão umbilical, é um laço que é gerado de dentro para fora, e
o apego é o contrário, de fora para dentro. E a gente acha, que
cortar esse cordão é a coisa mais difícil do mundo, mas te garanto
que não. Pode parecer, pois quando há um sentimento verdadeiro e
puro envolvido, o desdobramento se torna mais delicado. Porém,
porque ter mais medo de deixar o que não nos faz bem, do que se
libertar da dor? Então, volto a afirmar, isso se chama, falta de
amor próprio.
Quando amamos a nós
mesmos, mais do que a outrem, então passamos a ter mais segurança
em nós, passamos a nos sentir mais fortes, determinados, capazes,
independentes e confiantes. Lógico que, quem não quer ter alguém
ao lado, que possa contar sempre, seja nos momentos bons ou ruins?
Todos queremos! Mas se estamos a nos dedicar tanto a alguém, que não
nos retribui, então estamos convictos que podemos viver sem este
alguém e estaremos livres, confiantes e abertos a encontrar alguém
que torne essa “parceria” possível. Sim, porque uma relação
também é uma parceria, uma via de mão dupla, onde doamos um pouco
de nós e recebemos em troca, do outro alguém, uma parte de si. Mas
quando isso já não existe, e passamos a sobreviver exaustivamente
em uma relação desgastada, onde já não existe mais excessos de
momentos bons, então, estamos apegados ao que foi, ao que já
passou, ao que não existe mais.
Então você me
pergunta: E não existem altos e baixos numa relação? Sim, sim! Mas
isso é algo passageiro, uma fase curta, entenda bem, um período
muito pequeno, que é totalmente reversível e estabilizado rápido.
Não adianta viver anos com alguém, dizendo que é só uma fase,
porque não é. Vem o desgaste, e com ele uma centena de energias
negativas, que nos tornam frágeis e nos faz perder o amor próprio.
Nos tornando refréns de nós mesmos, presos a alguém que não nos
faz bem, que não existe mais, com medo de libertar-se para o mundo e
para os jardins amplos da vida.
Abra suas asas, livre-se
das algemas imaginárias, dispa-se do medo, e aventure-se com cautela
a ser livre da dor interior e busque novos ares, novos risos, novas
amizades, novos amores…
Autora: Daiane Vieira.
Música: Amor Próprio - Aviões do Forró
Imagem: Google Imagens
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